domingo, 24 de janeiro de 2010

Verão, sol, morena, pancada de chuva, alagamentos, caos!


"Ah, é o verão..." Quem não se lembra da Skol começando sua grande campanha publicitária em 2007? "Você precisa fazer algo para contar a seus netos!" Realmente, se o verão não coincidisse com nossas férias, o que seria daquele inferno do Centro da cidade, todo mundo de terno fechado, com gravata, desfilando no sol de 12h? O solzão desse período tem lá suas vantagens: praia todo fim de semana para os saradões, atividades ao ar livre, começar aquela dieta que nunca tem data...

Achou que ia falar só disso? Está redondamente en-ga-na-do!

Verão é sinônimo também de alterações meteorológicas gravíssimas em nosso ambiente. Calor em excesso dos centros urbanos, chuvas torrenciais ao fim da tarde, capazes de parar uma grande metrópole. Nos últimos dias, flagrei cenas que não combinam com o carioca, muito menos com a cidade.

Dia 22 de janeiro, dia de calor intenso no Rio. Às 19h, o dilúvio: 60mm de chuva em 20 minutos caíram sobre a Zona Norte e o centro, paralisando a cidade na volta do trabalho.

Fotos de minha autoria

Sexta-feira, dia 22/01, 18:40, vista da minha janela.

Rua Conde de Bonfim, próximo à UPA 24h, cruzamento com Almirante Cochrane, 19:30.

Visão oposta da foto anterior: bueiros explodindo e trânsito prejudicado na Tijuca.


Pessoas ilhadas voltando da UPA, sem para onde correr.

Nesta noite infeliz, estava com um trabalho marcado para a Lapa, na Riachuelo pertinho dos Arcos, não podia jogar fora meu ganha-pão, mas o cenário pelo caminho era desolador...

Rua do Passeio, 20:15, calçadas dos pontos finais tomadas pela água, sem condições de passagem.

Rua Mem de Sá, a 10 metros dos Arcos da Lapa, 20:30. Ônibus da linha 410 parado há 40 minutos, segundo o motorista.

É essa a cidade que sediará os jogos olímpicos? É essa a cidade que sediará a Copa do Mundo de 2016? Tudo bem, o COI e a FIFA nos premiaram com as datas realizadas durante nosso Outono/Inverno, épocas mais áridas do clima, porém...



segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Debate F&C: Cinema em 3D, diversão ou risco?

Os trintões de hoje, com certeza, recordam-se daqueles tempos que iam ao cinema com aqueles óculos malucos, uma lente azul, outra vermelha, para conferir a novidade do "momento"... Hoje, século XXI, os mesmos se encantam com a mudança do panorama tridimensional: resta uma ilusão óptica com lentes convergentes e pronto, temos uma imagem "saltante". Para quem deixou para encarar os cinemas nas férias se deu bem com a superprodução Avatar, quase todo editado e reproduzido em 3D. Tamanho sucesso que rendeu a maior bilheteria hollywoodiana...


A Dolby Digital, que revolucionou as gravações de DVD com o direcionamento do áudio em relação à câmera e a divisão dos áudios em frequências (o famoso 5.1), dá as cartas com o "novo sistema de imagens". Digo novo para nós, porque isso já se tornou rotina nos EUA e na Europa. Como sempre acontece, a massa corre atrás da moda. Aliás, o preço está bem salgado na rede Severiano Ribeiro: 11/22 (dias "normais") e 12,50/25 reais (sexta, sab, dom e feriados). Haja ingresso para toda essa farofada! Fui às 17:20 para comprar um lugar numa sessão de 20:40 do Avatar 3D. Em questão de 1 min, 5 lugares foram comprados pela Internet enquanto víamos a planilha dos assentos liberados. Curti a sessão na terceira fileira (C) e fiquei impressionado com a distância. Tudo acontecia colado na gente, desde explosões até galhos caindo...

A tecnologia, porém, está incomodando oftalmologistas quanto aos riscos tanto de contaminação, descartados pelas redes de cinema, que garantem total esterilização dos óculos, quanto de "diagnósticos de problemas visuais" após uma sessão.

Fontes: Folha Online Clic RBS


O problema das sessões em 3D para pessoas que não usam óculos de grau, segundo neurooftalmologistas, é a relação tamanho da tela/distância até ela. Pessoas sem distúrbios podem ter dificuldades para mudar um foco tão próximo, como entre as legendas e as imagens ao fundo. Como já disse, experimentei a tecnologia numa fileira quase colada na tela e senti um "cansaço" nos olhos...

Só não adianta pisar no médico por causa de simples incômodos, e sim como um exame semestral ou com a frequência recomendada pelo seu.

Conclusão

Eu assisti ao Avatar no dia de sua estreia nos cinemas brasileiros, porém tive que escolher entre ver o 3D na fila B ou pegar uma sessão "das antigas" num lugar ótimo... Acho que vale o bom senso na hora de escolher entre qual "estilo" - caso haja possibilidade -, bem como sua grana no bolso. Riscos de deficiência visual, já foi provado que não acontece, porém, na dúvida, não vá.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Metrô: solução ou problema?


No meio de dezembro, a concessionária que administra as linhas metroviárias do Rio, Metrô Rio, inaugurou uma ousada obra. Os rodoviários que sempre passam pela Radial Oeste a conhecem muito bem, pois acabou com 1/4 da pista... Era uma ligação direta da linha 2 de São Cristóvão à Central, sem passar pela Estácio e Praça Onze.

O que era para solucionar problemas de superlotação começou cheio de problemas em relação aos horários e a falta de informação, porém foi uma questão de tempo até a adequação da manada para se acostumar com os LED's verdes e vermelhos nos trens...

Melhorou a situação do povão que mora no subúrbio mas que trabalha no Centro da cidade, porém os moradores da Tijuca e arredores são prejudicados caso queiram pegar a linha 2. Como sempre na vida, alguém paga o pato!

Foto: Retirada do blog http://jhonnymoraes.blogspot.com/

Será que a situação melhorou mesmo? Diluir a baldeação Linha 2 > Linha 1 em várias estações foi realmente uma ideia de gênios...

Pelo o que eu ando vendo na Central em horários de rush, percebi que a situação ficou preta! São pessoas das estações anteriores à Estácio tentando entrar num trem já lotado Pavuna-Botafogo... A viagem pode demorar ainda mais caso queiram descer em estações menos "cheias".


A situação anda meio caótica, porém muita coisa de bom foi feita para ir ao trabalho, não para voltar... Só fico meio chateado é perder a rapidez que eu tinha quando voltava do subúrbio de Metrô, não vale mais à pena gastar mais caro e demorar a mesma coisa que um ônibus parador!




Foi prometido Metrô até a Alvorada com prazo até 2016, mas se chegar até a PUC, será de bom tamanho...

domingo, 10 de janeiro de 2010

F&C Cinema: 2012 x O Dia Depois de Amanhã


Dando início à sessão de críticas de cinema, trago aqui para vocês um duelo de titãs dos desastres (digamos que) naturais, ambos os filmes dirigidos por esse especialista em destruir o mundo, Roland Emmerich, também diretor do filme "The Independence Day" e "10.000 AC".


Quando o assunto é acabar com o planeta, apocalipse, o fim das eras, há sempre uma tese que parece ser confiável para a maioria. 2012 veio às telonas em 2009 como mais uma alienação organizada em massa e uma ficção que cumpriu o que prometeu: deixou a plateia com mais dúvidas a respeito. Enredo bacaninha, primeira aparição de um presidente negro dos EUA dos filmes que vi, após a eleição de Obama, cenários espetaculares, mas muito exacerbado. Quem diria o monte Everest coberto por um oceano, novamente... Se foi para mostrar ao telespectador uma nova possibilidade de um apocalipse, foi ótimo, porém nem eu nem você nem os maias nem ninguém sabe o que realmente acontecerá. Pelo menos, dois vídeos me convenceram de que realmente sei de nada:


Alinhamento em 21 de dezembro de 2012
Neil de Grasse e o fim do mundo


Aquecimento global, isso sim é uma expressão de choque em todo o mundo. A revolução industrial da sociedade enfim revelou seu lado negro e ninguém sabe quem pagará mais por esse fardo. O Dia depois de Amanhã veio mostrando aos terráqueos que as consequências parecem (mas são) ser muito mais sérias que se imagina. O filme mostra a formação de uma glaciação no planeta, porém envolve muito mais que um encadeamento dos fatos: questões sócio-econômicas atualíssimas são abordadas indiretamente no longa. Quando Jake sugere uma evacuação em massa de metade dos EUA para o sul, o Congresso teve que perdoar a dívida externa mexicana para que os americanos pudessem "viver" no quentinho, vestir o sombrero e dançar salsa... E não é que eles aceitam receber os imigrantes ilegais "norte-americanos"? Quem sofria com os problemas diretamente eram os países do hemisfério Norte, vulgo países do Norte, que denomina maior poder econômico perante os do Sul. Havia um debate imbutido no meio do gelo da estátua da Liberdade congelada...

Aí você se pergunta: "O México, depois do atrito com os EUA durante todo o período de sua história, guerras por territórios no Far West, ouro nas minas, se deixa levar pelo lado econômico para perdoar os americanos? Deixar de ser mais pobre apagaria tudo que eles fizeram?"

Conclusão F&C

Ambos os filmes tratam de catástrofes "naturais", porém 2012 não mostrou tanta veracidade quanto O Dia depois de Amanhã. Tudo começava de uma fissura numa grande calota polar, algo que se tornou comum atualmente, depois transformou a metade rica do planeta em gelo. Sabe-se que aquecimento global é fato; já suas consequências, melhor não esperar para ver!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Design, desenho industrial, desenho do produto...

Pouco se aprofunda sobre esta palavra no Brasil: design. Todos, porém, conhecem identidades visuais de sucesso, como a tipografia da Coca-cola, a conchinha da Shell, o BR dos postos da PETROBRÁS, o tigre da Esso... E o desenho do carro dos seus pais? Foi algum lunático que fez? E este daqui?



Sim, são designers que fazem isso. Aí você pergunta inocentemente: ué, mas não tem designer de moda, de jóias, de embalagens, de produtos?
É aí o pulo do gato: o nome é tão difundido em nossa sociedade que as dúvidas e a credibilidade da profissão são afetadas. Não é à toa que a profissão não é regulamentada pelo Ministério do Trabalho.

Em todo o Brasil, há faculdades que ensinam áreas específicas desse grande bolo sem nome. A partir da segunda Revolução Industrial, no início do séc. XX, sentiu-se a necessidade de tornar os produtos mais "atraentes", visualmente falando, para o consumidor. Foi aí que surgiu a Bauhaus, a primeira instituição no mundo a criar loucos que soubessem como decifrar esse enigma que tanto interessava às grandes empresas imperialistas da época.

Há algumas décadas, o que era restrito ao produto que consumíamos ganhou um leque de várias áreas, dividindo-se restritamente à parte gráfico-visual, as mídias, à moda, etc. Outra pergunta: "ah, então os estilistas são designers..." É, mané, o assunto não para aí!

Vamos ao lado B da história. A área é dominada por softwares que prometem (e realizam) sonhos, como projetar em 3D o carro do futuro ou a logomarca de uma empresa, do papel para grandes impressões. Veio a pirataria junto com os desenvolvedores: com uma Internet banda larga é possível adquirir de graça uma versão crackeada de 400 dólares de um Photoshop CS4 da vida.

Falaram tanto de jornalismo quando o diploma foi banalizado pelo Supremo Tribunal Federal, mas esquecem que a concorrência dessa gente é pior:

Vendo tutoriais como os da WebTutoriais, qualquer um aprende a trabalhar como os "formados e capacitados";
Laboratórios de fotografia sempre têm um bamba que mexe em Photoshop e Corel para clarear aquela ali, alterar os tons dessa aqui...
Microempresas de copiadoras criam logos usando clipart de Microsoft Word;

É lógico que as empresas procuram pessoas recomendadas e nomeadas no mercado, porém sem o aval do governo, fica difícil concorrer com "aventureiros"!!

F&C recomenda:
Artigo sobre a regulamentação de Freddy Van Camp, professor da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) / UERJ, faculdade de referência situada no Rio de Janeiro e de renome na América Latina!

Rede Design Brasil - Artigo

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Olimpíadas em 2016: é preciso investir na base...



Dia 2 de outubro de 2009, talvez será uma data lembrada pelos brasileiros por muito tempo, com certeza por nosso presida Lula... É, um senhorzinho do COI virava um envelope com o nome de nossa cidade lá em Copenhagen, Dinamarca, anunciando a sede das Olimpíadas de 2016. Em minha coluna Convidado RoX, postei uma opinião pessoal do assunto e, após lerem, saberão que é realmente pessimista...

Bom, após ver um MTv Debate sobre o assunto, sob as rédeas do Lobão, decidi pensar sobre o assunto... Será que realmente estamos preparados? Falam tanto em ciclo olímpico mas se esquece de investir nas bases que o formam a cada 4 anos. Com a minha experiência como 11 anos de federação em natação pela FARJ, eu posso dizer uma coisa: os clubes do Rio, principalmente o Tijuca Tênis Clube, incuba atletas de nível sulamericano e não mantém quando crescem. Para tirá-los, outros oferecem o que nunca tivemos: apoio financeiro e médico. Quem não nadaria em um clube que te oferecesse 400 reais/mês como ajuda de custo para suplementos, viagens, etc? É claro que, para quem pode pode bancar, 400 reais é uma santa poupança; para quem não pode, é um alívio, mas...

Acho uma hipocrisia vanglorizar o fato de sediarmos o evento esportivo mais importante do mundo. Para utilizarmos as instalações herdadas do Pan, temos que ir ao outro lado da cidade...

Que todos os projetos apresentados pelo COB se concretizem, mesmo que superfaturados em 1000%!!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Estreia do Blog

Olá pessoal! Aqui quem fala é o Vinícius! Estou começando hoje dia 6 de janeiro nessa era dos blogs. Há algum tempo eu já ando contribuindo com textos para dois grandes amigos, atuais estudantes de jornalismo, com resenhas de filmes e também de assuntos cotidianos, como a escolha do Rio para a sede de 2016. Tenho a minha coluna de 'Convidado RoX' no Blog RoX e agora estou inaugurando um só para mim, também com bastante conteúdo interessante! Você encontrará aqui fotografias de autoria própria e outras devidamente autoradas, afinal temos direitos de imagem na Internet também...

Para começar, uma cena que me chocou muito num fim de tarde, um dia após as mudanças do Metrô Rio. Presidente Vargas, ao lado da sede do Metrô Rio, no retão do Canal, dentro de um 422, quem diria...



Não é a Marginal Tietê!!