segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Debate F&C: Cinema em 3D, diversão ou risco?

Os trintões de hoje, com certeza, recordam-se daqueles tempos que iam ao cinema com aqueles óculos malucos, uma lente azul, outra vermelha, para conferir a novidade do "momento"... Hoje, século XXI, os mesmos se encantam com a mudança do panorama tridimensional: resta uma ilusão óptica com lentes convergentes e pronto, temos uma imagem "saltante". Para quem deixou para encarar os cinemas nas férias se deu bem com a superprodução Avatar, quase todo editado e reproduzido em 3D. Tamanho sucesso que rendeu a maior bilheteria hollywoodiana...


A Dolby Digital, que revolucionou as gravações de DVD com o direcionamento do áudio em relação à câmera e a divisão dos áudios em frequências (o famoso 5.1), dá as cartas com o "novo sistema de imagens". Digo novo para nós, porque isso já se tornou rotina nos EUA e na Europa. Como sempre acontece, a massa corre atrás da moda. Aliás, o preço está bem salgado na rede Severiano Ribeiro: 11/22 (dias "normais") e 12,50/25 reais (sexta, sab, dom e feriados). Haja ingresso para toda essa farofada! Fui às 17:20 para comprar um lugar numa sessão de 20:40 do Avatar 3D. Em questão de 1 min, 5 lugares foram comprados pela Internet enquanto víamos a planilha dos assentos liberados. Curti a sessão na terceira fileira (C) e fiquei impressionado com a distância. Tudo acontecia colado na gente, desde explosões até galhos caindo...

A tecnologia, porém, está incomodando oftalmologistas quanto aos riscos tanto de contaminação, descartados pelas redes de cinema, que garantem total esterilização dos óculos, quanto de "diagnósticos de problemas visuais" após uma sessão.

Fontes: Folha Online Clic RBS


O problema das sessões em 3D para pessoas que não usam óculos de grau, segundo neurooftalmologistas, é a relação tamanho da tela/distância até ela. Pessoas sem distúrbios podem ter dificuldades para mudar um foco tão próximo, como entre as legendas e as imagens ao fundo. Como já disse, experimentei a tecnologia numa fileira quase colada na tela e senti um "cansaço" nos olhos...

Só não adianta pisar no médico por causa de simples incômodos, e sim como um exame semestral ou com a frequência recomendada pelo seu.

Conclusão

Eu assisti ao Avatar no dia de sua estreia nos cinemas brasileiros, porém tive que escolher entre ver o 3D na fila B ou pegar uma sessão "das antigas" num lugar ótimo... Acho que vale o bom senso na hora de escolher entre qual "estilo" - caso haja possibilidade -, bem como sua grana no bolso. Riscos de deficiência visual, já foi provado que não acontece, porém, na dúvida, não vá.

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