sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Design, desenho industrial, desenho do produto...

Pouco se aprofunda sobre esta palavra no Brasil: design. Todos, porém, conhecem identidades visuais de sucesso, como a tipografia da Coca-cola, a conchinha da Shell, o BR dos postos da PETROBRÁS, o tigre da Esso... E o desenho do carro dos seus pais? Foi algum lunático que fez? E este daqui?



Sim, são designers que fazem isso. Aí você pergunta inocentemente: ué, mas não tem designer de moda, de jóias, de embalagens, de produtos?
É aí o pulo do gato: o nome é tão difundido em nossa sociedade que as dúvidas e a credibilidade da profissão são afetadas. Não é à toa que a profissão não é regulamentada pelo Ministério do Trabalho.

Em todo o Brasil, há faculdades que ensinam áreas específicas desse grande bolo sem nome. A partir da segunda Revolução Industrial, no início do séc. XX, sentiu-se a necessidade de tornar os produtos mais "atraentes", visualmente falando, para o consumidor. Foi aí que surgiu a Bauhaus, a primeira instituição no mundo a criar loucos que soubessem como decifrar esse enigma que tanto interessava às grandes empresas imperialistas da época.

Há algumas décadas, o que era restrito ao produto que consumíamos ganhou um leque de várias áreas, dividindo-se restritamente à parte gráfico-visual, as mídias, à moda, etc. Outra pergunta: "ah, então os estilistas são designers..." É, mané, o assunto não para aí!

Vamos ao lado B da história. A área é dominada por softwares que prometem (e realizam) sonhos, como projetar em 3D o carro do futuro ou a logomarca de uma empresa, do papel para grandes impressões. Veio a pirataria junto com os desenvolvedores: com uma Internet banda larga é possível adquirir de graça uma versão crackeada de 400 dólares de um Photoshop CS4 da vida.

Falaram tanto de jornalismo quando o diploma foi banalizado pelo Supremo Tribunal Federal, mas esquecem que a concorrência dessa gente é pior:

Vendo tutoriais como os da WebTutoriais, qualquer um aprende a trabalhar como os "formados e capacitados";
Laboratórios de fotografia sempre têm um bamba que mexe em Photoshop e Corel para clarear aquela ali, alterar os tons dessa aqui...
Microempresas de copiadoras criam logos usando clipart de Microsoft Word;

É lógico que as empresas procuram pessoas recomendadas e nomeadas no mercado, porém sem o aval do governo, fica difícil concorrer com "aventureiros"!!

F&C recomenda:
Artigo sobre a regulamentação de Freddy Van Camp, professor da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) / UERJ, faculdade de referência situada no Rio de Janeiro e de renome na América Latina!

Rede Design Brasil - Artigo

Um comentário:

  1. parabéns pelo blog, ta bem legAL!
    e com bastante conteudo
    bjos

    ResponderExcluir